quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

01 de Janeiro

Amhitar diz Adeus

Esta é a última postagem deste blogue. Por 365 dias os heróis de nosso povo [o guerreiro Donyhor al-Temurbek, o cronista Abdul al-Wazahari, o tio deste, Nilufar, a feminista Breanna Oygul, o enigmático Houssnida Abdumalik, o Monge Gelasiminius (o único não nascido na pátria), os românticos historiadores Dilafruz Michelet e Java Kharlilah, a belíssima Juju Shilmora, o andarilho Dasha Ulugbek, o mal humorado Iusya Marzhaffar, o General Iqbol Chavkat, a doce poetisa Iroshka Maruf, o marxista geógrafo Serguei Kovinev e dezenas de outros (assim como estrangeiros que passaram por nossa terra, de Elizabeth Taylor a Trotski)] desfilaram suas proezas e baixezas nesta página de bits.

O Povo do Reino de Amhitar agradece a você que leu este testemunho nosso – de beleza, loucura e [acima de tudo] de sonho [assim como manda seu carinho aos voluntários brasileiros que traduziram estas páginas subversivas (escritas no quinto subdialeto Bakhmar) para a língua portuguesa].

Dizem os opositores [eles sempre existem] que Amhitar é delírio. Estão errados [embora não muito]. Nosso país [e seus desertos e suas muralhas e suas montanhas que furam as nuvens] efetivamente se constitui em desafio para a banal [e aparente] realidade das pedras, engarrafamentos e telefones. O mesmo [no entanto] pode ser dito de [quase] qualquer país.

Todos eles agradecem e marcam novo encontro [não em um mundo que há de vir] mas noutro [de delírios] que já está.

Amhitar diz Adeus.