Fahrod Feruz Shavkat escrivão na frota estabeleceu em seu
[oito vezes contestado] diário de bordo com [não muito] firme mão que foi no
dia 25 do segundo mês de Jumada (ou 8 de janeiro) que seu capitão Almirante Dasha
Shernazar que partira há exatos setecentos e dez dias da Cidade do Golfo chegou
à esta Terra sem nome. Bem a tempo: não sem dramaticidade, os marinheiros
tinham lhe dado apenas quatrocentos minutos e meio [a razão de tal precisão
nunca tendo sido bem explicada] antes de chegarem a qualquer lugar onde se saciassem
de água, comida e mulher.
Aproximavam-se dos homens daquele lugar – eles se
aproximavam também. Temerosos, os marinheiros se afastavam, os nativos (barbados
e sujos ) o faziam também. Enfraquecidos pelo tempo e pela vontade de continuar
vivos, os marinheiros se contentaram com uma pilha de provisões ali perto – e a
carregaram sem pudor por seu roubo, enquanto os nativos à distância também
trabalhavam em suas coisas, parecendo não se importar exceto por outra ou uma olhada
temerosa.
À sua volta pulularam as explicações. Aqueles homens seriam Demônios.
Ou Anjos. A explicação mais lógica, mas não a melhor sucedida, foi de seriam imagens
de espelhos, postos por alguém para atemorizar os inavsores. (Esses artefatos
eram proibidos exceto no Palácio de Xeque). Tal versão colocou em risco a vida
do seu autor, o qual sumiu, dizem que nas masmorras do palácio, outros que retornou
para a terra dos Homens Duplicados.
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