Este nome fantasioso se deveu não à planta mas a alguns seguidores
dos Beatles e de Timothy Leary o guru da Contracultura do LSD, quando apareceram
no Sul da Califórnia dois exemplares [com falhas de tradução] do Caderno Provisório dos sub-sacerdotes de
Amhitar, sendo eles (segundo versões) mais poderosos que os sacerdotes do Rei.
Os Cadernos falavam
de uma pequena árvore cujas folhas, se
ingeridas, não ofereciam perigo; porém se inaladas em infusão com cal e iodo
puro detonavam no homem outro estado de consciência.
O equívoco dos gurus contraculturais deriva de que a Erva-do-paraíso
não produzia nenhum prazer, nem mesmo provisório. Apenas, com ela um homem
podia refazer seus próprios passos. Se virou à direita, poderia pensar que virou
à esquerda – e lá um bando o espreitava, e o estrangulava pelas moedas de sua
bolsa; ou podia ter voltado atrás, ter se encontrado com a carruagem de um rei
vizinho, e se casaria com a filha do rei.
Perdidos nas possibilidades, os viciados perdiam contato com
a realidade e muitos morriam – caíam em abismos ou lagos ou eram atropelados
pelos cavalos que viam mas aos quais não davam importância, sonhando sem fechar
os olhos a pensar no que poderia ter sido.
O Príncipe Muniza III, penúltimo Rei do Décimo-segundo
período, mandou queimar cada muda. Ele o fez espantado pelo poder maléfico da
erva e (dizem) pressionado pelos sacerdotes, que temiam a ascensão de seus rivais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário