A segunda frase mais famosa
traduzida por Gulhayo Mansur [hoje em 1830] não deixou de ter sua parcela de
humor. [Um improvável monstro teria pronunciado a mais famosa, celebrada a 12
de março]. O folgazão [dizem] tradutor não forneceu o original mas só a versão
em francês [afirmava saber trinta mil e doze línguas – o que provocava risadas
até que algum descrente ia testá-lo falando em samoiedo ou chadiano-suailí – e saía
convencido de que era verdade]:
Je défendrai donc avec
confiance la cause de lʼhumanité devant les sages, ou
Defenderei portanto com confiança
a causa da humanidade perante os sábios
- e atribuiu tal frase a um herói– que não informou qual era –perante os reis. Afirmou que fora
escrita no quinto proto-dialeto da seita dos subdiáconos da feitiçaria Zhamyar.
Tal expressão [heroica e
exaltante] não deixou de ser encampada por todos os dominadores de Amhitar –
desde o Czar de Todas as Rússias até a barbicha de Leon Trotski – pois representava
o respeito devido ao Estado.
O humor só se revelou quando da
redescoberta do dicionário bilíngue dos sete protodialetos Zhamyares – deixado inédito
pelo linguista e segundo o qual em tal língua a palavra sábio significa também monstro
repugnante – Gulhayo em mensagem cifrada sua [já suspeitada] aversão por
qualquer poder. Compreensivelmente a frase deixou de ser comemorada e só a inércia
burocrática explica sua manutenção nestas efemérides.
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