As três fontes de água subterrânea
[melhor dizendo, três poços] do septuagésimo-sétimo platô desértico de Qyzylorda
secaram no dia 13 de abril de 888 d.C. às dezenove horas e cinquenta e nove minutos
e tal exatidão por todos os padrões excessiva pouco tem feito para dar
credibilidade a esta versão. [Seu autor é surpreendentemente o prático pensador
Iusya Marzhaffar, apoiado meio século depois pelo ateu militante Serguei
Kovinev.]
Ambos objetivavam se contrapor a
uma versão [por eles apodada de fantasiosa] com origem em meia página de papiro
deixada pelo Monge Gelasiminius e que afirmava que As águas vindas do centro da Terra seriam sete, como são sete os santíssimos
sacramentos, e que tais águas teriam secado, por obra de Belzebu e dos seus Quinze
Anjos Mais Caídos, e assim permanecerão até a volta do Bem-Aventurado.
A Escola Romântica abraçou a história
do bom Monge, apenas corrigindo um [para eles] excessivo pietismo, e atribuiu o
fim das fontes a sete guerras causadas por amores frustrados de sete príncipes
dos sete feudos do Norte.
Uma escavação para o terceiro
ramal da Ferrovia Trans-Turquestão em 1939 descobriu que os poços seriam apenas
dois [um número absolutamente sem mística], e pesquisas em laboratório disseram que nem nos tempos
antigos a água seria isenta de um excesso de ferro que a tornaria salobra. Como
todos os objetivismos que acabam com os velhos sonhos, esse também foi
desprezado e a data continua a ser celebrada hoje.
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