O Super-herói
A Revista underground Zhalib-al-Bashimoy
[geralmente traduzida como O invencível
Homem Estrela] lançou-se hoje em 1947 na Livraria Heróis do Proletariado no centro de Shamaekheent. Seus desenhistas
[um grupo de rapazes que hoje ganhariam o título de nerds] prudentemente não veio ao lançamento. [Sua atitude se
revelou acertada quando o Partido proibiu a revista depois do terceiro número e
mandou recolher os exemplares no mercado [transformando a revista hoje em cult e catapultando seu preço].
Bashimoy [o tal Homem-Estrela] ostenta
o [um tanto tolo] galardão de ser uma das poucas criações amhitarianas que não
clama por pioneirismo mundial – ao contrário, assume-se claramente inspirado
por um tal que veio de certo Planeta Krypton e vive disfarçado de repórter foca de jornal bobo.
O primeiro herói em quadrinhos de
Amhitar tem [não sem obviedade] a luz como sua grande arma: sempre que os
contrabandistas, ladrões de joias ou mesmo paqueradores da sua sempre eterna quase-namoradinha
Kyndal Yuna passam dos limites, ele pode emitir clarões que cegam e prendem [e
que de vez em quando falham (como qualquer lâmpada queimada) para desespero dos
fãs que torcem por ele].
Dizem que Stalin riu das histórias
da sua distante província – tanto que ordenou que o herói tivesse bigodes, para
ficar mais parecido com o Líder. Como os desenhistas se recusaram, a revista
foi proibida. Essa versão [a muitos] parece demasiado parecida com histórias em
quadrinhos para ser real.
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