A má moça
As evidências de uma possível
presença de Cleópatra em Amhitar [supreendentemente] falham em convencer a
muitos. São elas:
a) quatro moedas desenterradas na
grande seca do Lago Sarygamysh em 1971, nas quais por muito tempo uma silhueta feminina
com longos cabelos foi confundida com a Imperatriz Teodora de Bizâncio, porém
novas datações indicam ser bem mais antiga;
b) uma passagem mais do que dúbia
nas Vidas dos Nobres Gregos e Romanos de
Plutarco [incluída na página 761 da edição da Great Books of the Western World] na qual o biógrafo se refere a
uma visita da Irradiante Beleza Feminina à
Terra do Sol Irradiante;
c) a permanente popularidade do
cabelo liso cortado rente no pescoço entre as moças do país [esta evidência não
surpreendentemente desprezada pelos intelectuais].
Amhitar [como todas as terras do
mundo] se orgulha de passagens [por mínimas que sejam] que liguem o país aos
grandes personagens. Rumores [às vezes pouco menos que ridículos] sobre Napoleão
ou Cristo no país possuem defensores em fera.
O mesmo não ocorre com a
Imperatriz Egípcia e a explicação [dizem os anti-patriotas] pouco tem de
lisonjeira: o moralismo amhitariano se recusa a crer que uma jovem que foi
amante de um homem casado [Júlio César]; que depois foi amante do filho adotivo
dele [Marco Antônio]; e depois colecionou mais 199 [dizem com um exagero quase
certo] seja um dos orgulhos do país, o que explicaria a batalha [quase inglória]
para homenagear a Má Moça no dia de hoje.
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