O Dia do Nada
O Marhabogh-ol-Khemizoor [que do sétimo dialeto Bakhmar é
tradicionalmente entendido como Dia Universal
do Nada] causou a maior discussão da Academia Soviético-Proletária da Ásia
Central hoje em 1942. De resto sem grandes motivos. Os sétimos sectários
Bakhmar [cuja existência também é longe de ser aceita com unanimidade] adoravam
muitos deuses [ou nenhum, discutem eternamente as academias]. Em verdadeiro
pesadelo para os arqueólogos, as suas dezessete cidades em volta do lago
Sarygamysh às vezes [por camadas e camadas de argila datada por carbono 14]
ostentam tantos deuses que parece que nem os Museus de Shmarkaant, Dacca e
Moscou juntos não poderiam conter os pedaços de estatuetas. Tal período é
seguido por outro em que se diria que o povo se converteu subitamente ao ateísmo
– até uma nova fase de intensa produção sobrenatural.
No congresso da Academia hipóteses
se empilharam, a maior parte [compreensivelmente] de corte marxista-leninista. A
briga começou quando um grupo avançou que o Dia do Nada não era a jornada
depressiva que todos pensavam. Essa data [a maior do calendário Bakhmar]
lembrava ao povo que não acreditar em Nada ou em Tudo não faz diferença, o
importante era viver – e era um dia em que pululavam danças e piadas além de
alguma shiibatz [a cerveja marrom amhitariana].
A imagem de um povo folgazão celebrando
ao mesmo tempo a validade e a não validade da crença não é popular em nenhum
dos lados, e poucos são os que lembram a data.
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