Sador, o sábio [ou Sador, o biltre]
venceu, para glória de Amhitar [ou traiu, para vergonha desse reino] os cento e
quinze mil bebedores de sangue de Tamerlão, o Tártaro [ou os duzentos mil quebradores
de ossos da Horda de Ouro; a primeira versão, antes achincalhada, agora foi
imposta como verdade] hoje em 1404 [ou a 21 de setembro de 1395; a data de 30
de junho de 1511 foi carimbada como apócrifa].
Esse heroico feito [até 1920 considerado
ato de vil covardia] consistiu em, armado de uma espada [ou coberto com uma
capa escura], avançando em pleno sol em campo aberto [ou protegido pela noite
rastejando até o campo inimigo], pensando apenas na Pátria [ou tendo cólicas de
tanto medo] ter cortado sete cabeças [ou ter se oferecido para abrir os portões
da cidade] assim inspirando os até então amedrontados soldados de Amhitar [ou
ter possibilitado que o inimigo, então enfraquecido, pudesse massacrar a
cidade] e assim conquistando grande vitória [ou assim ter feito sua pátria cair
na escravidão].
O fato de as duas histórias serem
completamente diferenças as tornou ainda mais verossímeis. De acordo com a
situação política a Sador se erigem estátuas como jovem sensual ou velho
corcunda. A breve ditadura do General Chavkat estabeleceu seu heroísmo. O atual
governo tem ordem secreta para enviar ao
fundo do rio Syr-Daria todo celerado que duvidar da existência de Sador, do
qual o Presidente Karimov é a reinterpretação.
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