O Planeta Dolphir [dizem] aproximou-se
cinco vezes da Terra. [O fato de todas as aparições se darem em território
amhitariano e de tal corpo celeste ser desconhecido em outras astronomias
certamente conspira contra sua credibilidade.] A data de hoje [na verdade 7 do
mês Shalwal] marca não a primeira mas a quarta [compreensível, se lembrarmos
que aconteceu em 1801, a primeira na era das lunetas].
Uma tradição tão antiga quanto
discutível [os astrônomos do Observatório Nacional de Tashkent sorriem quando
alguma senhora idosa a menciona] afirma que a primeira se deu sobre o deserto
de Aqtöbe [que há muito não é parte de Amhitar apesar de algumas reivindicações
nacionalistas]. Mais que aparição foi um toque: uma enorme bola redonda teria
tocado a planície [faceciosamente isso é conhecido como Teoria do Beijo Interplanetário] e retornado ao teto celestial. Esta
manifestação [em data incerta] foi seguida de outras em 799 e 1522, e fechado
pela de 1856, já com testemunhas críveis mas que infelizmente não tinham meios de
fotografá-lo apesar de os daguerreotipos já existirem.
O que é incerto [assim como o que
é certo] gera lendas. A menos crível [e mais difundida] coloca Dolphir como um planeta-prisão,
de gatunos do espaço sideral, eternamente a zanzar [sem lógica nenhuma] pelo Nada.
Isso explicaria a irregularidade de suas aparições. Uma Escola mais
materialista pretende que seja um cometa. Aguardam uma sexta vinda para confirmar
tal hipótese.
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