quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

21 de Fevereiro

O astro reencarnado


O Planeta Dolphir [dizem] aproximou-se cinco vezes da Terra. [O fato de todas as aparições se darem em território amhitariano e de tal corpo celeste ser desconhecido em outras astronomias certamente conspira contra sua credibilidade.] A data de hoje [na verdade 7 do mês Shalwal] marca não a primeira mas a quarta [compreensível, se lembrarmos que aconteceu em 1801, a primeira na era das lunetas].

Uma tradição tão antiga quanto discutível [os astrônomos do Observatório Nacional de Tashkent sorriem quando alguma senhora idosa a menciona] afirma que a primeira se deu sobre o deserto de Aqtöbe [que há muito não é parte de Amhitar apesar de algumas reivindicações nacionalistas]. Mais que aparição foi um toque: uma enorme bola redonda teria tocado a planície [faceciosamente isso é conhecido como Teoria do Beijo Interplanetário] e retornado ao teto celestial. Esta manifestação [em data incerta] foi seguida de outras em 799 e 1522, e fechado pela de 1856, já com testemunhas críveis mas que infelizmente não tinham meios de fotografá-lo apesar de os daguerreotipos já existirem.

O que é incerto [assim como o que é certo] gera lendas. A menos crível [e mais difundida] coloca Dolphir como um planeta-prisão, de gatunos do espaço sideral, eternamente a zanzar [sem lógica nenhuma] pelo Nada. Isso explicaria a irregularidade de suas aparições. Uma Escola mais materialista pretende que seja um cometa. Aguardam uma sexta vinda para confirmar tal hipótese.

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