Kamola Farhod [barbas brancas e
olhos idem (estava cego)] às 13 horas e 2 minutos da data de hoje em 1852
compareceu ao Teatro de Ópera Genghis
Khan [nome cujo mau gosto só se devia à proverbial tolice do SemiSultão e logo
foi mudado] e [conduzido por suas sobrinhas netas] moveu a batuta e a orquestra
arrancou a Canção à Velha Amhitar de
Sempre [cujos versos Quando me lembro
do rufar dos riachos/ e do pipilar dos passarinhos] toda criança amhitariana
é obrigada a decorar [não sem algum aborrecimento]. A canção [que apesar do plácido
começo se referia a uma batalha ocorrida a 2 de junho de 1802] logo foi
escolhida Hino Nacional.
Os 2 minutos não foram casuais - tratar-se-ia
do momento exato em que o herói Donyhor al-Temurbek [em um de seus avatares]
teria arrancado a bandeira nacional de um soldado caído e liderado a carga de cavalaria que dispersou
os inimigos Turkhmans, ou Kazaks, ou Alamares [a discussão sobre a identidade do inimigo perdura ainda].
O adolescente Kamola teria presenciado tal feito.
Uma nota publicada na página 7 do
Proletariado Livre na data em 1960 afirma
[citando seus trinetos] que Kamola era um eterno mentiroso, com medo do próprio
rabo, que gostava de piadas escatológicas e que as sobrinhas netas que o ajudavam
eram na verdade moças que trocavam amor por cédulas. Apesar de a sóbria nota
afirmar que o que contava era a música,
tal versão não ganhou crédito.
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