terça-feira, 18 de junho de 2013

18 de Junho

Malvada quase-presença

Não na sua Vida de César mas no Vidas de César e de Alexandre Comparadas [não incluídas na tradução do seu Vidas de Nobres Gregos e Romanos publicada na Coleção Great Books of the Western World da Enciclopaedia Britannica] que Plutarco se refere ao Reino de Amhitar. A menção é na melhor das hipóteses indireta. O nobre [e adulador] biógrafo romano afirma que, no seu período como embaixador na Bitínia, o então [quase] jovem Caio Júlio César sumiu por sete meses e sete dias. Reapareceu com perfumes e joias de um reino antes visitado por seu inspirador Alexandre o Grande.

Corroboram essa passagem 9 histórias da tradição popular [inevitavelmente coletadas por Java Kharlilah, o homem dos heróis, e sua Academia de Ciências de Amhitar] que afirma a presença do tribuno romano em terras amhitarianas. Algumas dessas narrativas mencionam diretamente seu nome; outras se referem por circunlóquios um longínquo dignitário coberto de ouro.

Cronistas patriotas [compreensivelmente] reputam tal passagem indiscutível. Contestam-nos uma minoria que afirma que a citação de Plutarco se deve a um desejo de amarrar paralelos entre César e Alexandre, pois o último esteve no Oriente. [Quanto às lendas populares, eles as reputam falsas por inteiro]. A principal resposta deles, no entanto, é que César [como Alexandre e outros] não passava de um cruel ambicioso cuja presença não honra país nenhum. Os nacionalistas os apodam por isso de traidores e vende-pátrias.

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