O herói Donyhor al-Temurbek [ou
um de seus 999 avatares] [inevitavelmente] fundou a capital amhitariana de
Shamerkhaent. [A própria cidade (de maneira previsível) também foi fundada 999
vezes ou 1.007, de acordo com certas correntes que atribuem este tanto de vidas
ao grande homem]. Muito menos explicável
[e neste caso o sempre-retornante Temurbek parece ter pouco a ver] é a existência
de sete mil nomes para a cidade sagrada dos amhitarianos [já que a corrente que
afirmava a existência de apenas 999 foi rejeitada como primando mais pela
simetria patriótica que pelo amor à verdade].
Poucos são os amhitarianos que
escrevem o nome de sua capital da mesma maneira – as grafias variam desde Szhhhmkhhtt [um improvável nome feito
apenas de consoantes] a um quase polinésio Shmarkoa-Shmarkoa,
além de um que principia por Shlivizkiliaaarrr...
e se estende por 73 caracteres, além de um [pouco surpreendente] nome de sete
mil letras, o qual [grande demais para ser usado na vida diária] é frequente em
cerimônias iniciáticas de subsseitas que se dizem sucessoras da antiga religião
Khazyr.
As razões dessa diversidade [ou
confusão, segundo alguns] se prendem a uma riqueza da cidade e da língua, com a
última refletindo os múltiplos aspectos da primeira. Outra corrente afirma que é
preguiça mesmo – o tempo passou, ninguém regulou o nome oficial e o que era
desleixo tornou-se tradição. Compreensivelmente os adeptos desta tendência
preferem o anonimato.
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