O homem que chegou hoje em 1869 na
estação [provisória] de Shameerkhaat se chamava Alexander Kovinev. Ganhou a
[inevitável] desconfiança dos locais. Os russos tinham invadido havia pouco. Eles
eram maus e o médico Kovinev [um deles] recebeu frieza como boas-vindas.
Fundou o Sodalício Literário Deus Não Existe. [Sua popularidade
supreendentemente aumentou com isso, pois ao contrário dos sanguinolentos (e
ortodoxos) oficiais do exército czarista, as pessoas viam em Kovinev um russo
diferente, e portanto melhor]. Em cada doença via uma manifestação da não-presença
divina. Em cada cura que executava, um sinal de sua desnecessidade. Cada padre
bêbado consistia em um sinal da incompetência celestial, e cada padre cioso uma
prova de sua inenarrável beatice.
Alexander Kovinev não chegou
sozinho. Viúvo, puxava pelo braço a Mikhail. Este deu ao pai o desgosto de com
quinze anos fazer voto de castidade, com dezessete querer entrar em um
convento, com vinte e um abjurar todos os descrentes. Pai e filho passavam na
rua sem se cumprimentar.
Um curioso artigo anônimo neste mesmo
dia em 1923 na Gazeta de Amhitar atribui
tal inimizade a um conflito entre o avanço [ateu] e a reação [religiosa]. Os freudianos
compreensivelmente fazem a festa e uma contagem em 1980 computou 44 artigos
sobre o conflito entre gerações. Uma explicação de que o maligno poupara o
filho e enfeitiçara o pai tem sido descartada por excessivamente mística.
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