A teoria das múltiplas luas
[celebrada de maneira arbitrária na data de hoje] marca a tradição astronômica
amhitariana e a distingue de [quase todas as] outras [diz o (talvez excessivamente)
exaltado orgulho nacional]. Vestígios [não muito seguros] de tal ideia podem
ser encontrados na terceira página da segunda versão da Cosmographia Christiana de Cosmas o Indicopleustes [que segundo opiniões
trata-se de um pseudônimo do monge Gelasiminius, velho conhecido de Amhitar],
que afirma que detrás da montanha do
Senhor se escondem 999 esferas de metal refletor, mas a pecaminosidade do homem
só o permite ver uma.
Khahalin Shaphira deu a forma
final para tal teoria em fins do século XIX. [Este não era seu nome e sim o pseudônimo
que ele mesmo escolheu e que significa Aquele
que gostaria de viver nos astros, o que gerou não poucos rumores, pois, com
um marido sempre com o olho em lunetas, sua esposa (de metade de sua idade) não
deixava de ter namorados – tal como o mundo é néscio]. O número de luas
[segundo Khahalin] depende da posição do observador, não só física como
existencial, religiosa e até psicológica [sendo bem conhecido que para os
amantes a lua é maior]. De tal forma a lua pode ser uma ou sete, ocultas em
fila uma após a outra [a teoria pessoal dele].
Essa mistura de subjetividade e
astronomia [além do toque de fofoca de vizinhos] traz orgulho [ou vergonha]
para a Astronomia de Amhitar, conforme o ponto de vista.
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