quinta-feira, 6 de junho de 2013

06 de Junho

Luas muitas

A teoria das múltiplas luas [celebrada de maneira arbitrária na data de hoje] marca a tradição astronômica amhitariana e a distingue de [quase todas as] outras [diz o (talvez excessivamente) exaltado orgulho nacional]. Vestígios [não muito seguros] de tal ideia podem ser encontrados na terceira página da segunda versão da Cosmographia Christiana de Cosmas o Indicopleustes [que segundo opiniões trata-se de um pseudônimo do monge Gelasiminius, velho conhecido de Amhitar], que afirma que detrás da montanha do Senhor se escondem 999 esferas de metal refletor, mas a pecaminosidade do homem só o permite ver uma.

Khahalin Shaphira deu a forma final para tal teoria em fins do século XIX. [Este não era seu nome e sim o pseudônimo que ele mesmo escolheu e que significa Aquele que gostaria de viver nos astros, o que gerou não poucos rumores, pois, com um marido sempre com o olho em lunetas, sua esposa (de metade de sua idade) não deixava de ter namorados – tal como o mundo é néscio]. O número de luas [segundo Khahalin] depende da posição do observador, não só física como existencial, religiosa e até psicológica [sendo bem conhecido que para os amantes a lua é maior]. De tal forma a lua pode ser uma ou sete, ocultas em fila uma após a outra [a teoria pessoal dele].

Essa mistura de subjetividade e astronomia [além do toque de fofoca de vizinhos] traz orgulho [ou vergonha] para a Astronomia de Amhitar, conforme o ponto de vista.

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