Marcus Flaminius [Centurião] comandou [ou levou arrastados] seus
trezentos mil homens da XXX coorte romana durante trinta meses em
pouco gloriosa jornada para depois do Ponto Euxino. [Versões mais
modestas porém talvez mais realistas diminuem o número de infantes
para trinta mil]. O seu Comentarii de Bello Transcaucaasi
[Histórias das Guerras do Além-Cáucaso] constituem a única
[embora não muito segura] prova de que as fronteiras do Império
Romano [que a História convencional afirma terem parado nas margens
do Eufrates] na verdade se estenderam até Amhitar. [Dele existe
apenas uma décima-terceira recópia (não isenta de suspeitas)
descoberta em Budapeste em 1947].
A descrição de três rios [dois deles semelhantes ao Syr e ao
Amur-Daria] e a menção a um Vale com 88 Desertos [sendo que
a tradição atribui 99 desertos ao platô de Qyzylorda] aumentam a
verossimilhança do relato. Em verdade o testemunho que o Centurião
dá do país não é lisonjeiro, nem interessado. Depois das
descrições de massacres [típicos dos romanos,] menciona apenas um
Velho de longa barbas, do qual se dizia que nascera 9999 anos
antes [e do qual não dá maiores detalhes] e o calor
que lembra o Hades. Depois de descrever como as privações e as
flechadas reduziram sua tropa a 299 soldados, descreve a triste
volta.
A popularidade do escrito se deve a um ingênuo desejo de de ter feito parte desse império jogador de gente aos leões – é o que dizem os amhitarianos mais cheios de orgulho.
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