sábado, 10 de agosto de 2013

10 de agosto

O Invasor

Marcus Flaminius [Centurião] comandou [ou levou arrastados] seus trezentos mil homens da XXX coorte romana durante trinta meses em pouco gloriosa jornada para depois do Ponto Euxino. [Versões mais modestas porém talvez mais realistas diminuem o número de infantes para trinta mil]. O seu Comentarii de Bello Transcaucaasi [Histórias das Guerras do Além-Cáucaso] constituem a única [embora não muito segura] prova de que as fronteiras do Império Romano [que a História convencional afirma terem parado nas margens do Eufrates] na verdade se estenderam até Amhitar. [Dele existe apenas uma décima-terceira recópia (não isenta de suspeitas) descoberta em Budapeste em 1947].

A descrição de três rios [dois deles semelhantes ao Syr e ao Amur-Daria] e a menção a um Vale com 88 Desertos [sendo que a tradição atribui 99 desertos ao platô de Qyzylorda] aumentam a verossimilhança do relato. Em verdade o testemunho que o Centurião dá do país não é lisonjeiro, nem interessado. Depois das descrições de massacres [típicos dos romanos,] menciona apenas um Velho de longa barbas, do qual se dizia que nascera 9999 anos antes [e do qual não dá maiores detalhes] e o calor que lembra o Hades. Depois de descrever como as privações e as flechadas reduziram sua tropa a 299 soldados, descreve a triste volta.

A popularidade do escrito se deve a um ingênuo desejo de de ter feito parte desse império jogador de gente aos leões – é o que dizem os amhitarianos mais cheios de orgulho.

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