EEEEEEEEEEEEla! [no primeiro minuto da tarde deste dia 22 de agosto
de 1964] pisou com seu delicado sapato salto 13 [modelo exclusivo Dior] o batente da porta do DC-3 [voo só-para-ela
da Pan-American] que a trouxe a Shmaerkhant
- e parece que o sol [ou o odor das montanhas do Pamir] não fez bem ao seu
delicado [e célebre] nariz: ela o arrebitou.
Isso, e mais uma [quase imperceptível]
piscada dos demolidores olhos azuis fizeram todos caírem de quatro diante dela, da garota, da mulher, da atriz, de
Elizabeth Taylor.
Os estúdios ruliúdianos empurravam
então La Taylor para todas as
esquinas do mundo, para promover [e ajudar a fechar o buraco nas contas] do
arrastadíssimo [e igualmente fracassadíssimo] Cleópatra, seu último filme.
Cem dias de entendimento com as desconfiadas autoridades geraram a permissão
para a tournée amhitariana da estrela
da película.
[Previsivelmente] deslumbrou-se
com os monumentos, beijou criancinhas [embora vibrando o narizinho], mostrou os
ombros em ensaiadíssimos movimentos espontâneos, cortou cordas inaugurando
cinemas de bairro [que já funcionavam havia anos, segundo os eternos críticos]
e [com os cílios postiços a piscar] disse que Rezava todos os dias pela paz mundial.
Os mesmos críticos mugiam que essa visita não deixará nada mas as estatísticas
os desmentiram. Nove meses depois
aconteceu um boom nas maternidades –
e o fato de precisar de uma atriz para isso acontecer é [talvez] pouco lisonjeiro
para com a vida conjugal amhitariana.
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