segunda-feira, 19 de agosto de 2013

19 de agosto

Zoo-ilógico

Sete zoólogos cravaram hoje em 1769 no chão de Shmaeerkhaant a primeira jaula do zoológico de Amhitar [a honra de ser o primeiro desses estabelecimentos na Ásia Central (e quiçá no mundo) tem sido obnubilada pela estranheza dos hóspedes do mesmo]. [Não são poucos os historiadores, especialmente da Inglaterra, que afirmam ser pouco crível que um zoo sem elefantes ou zebras seja um zoo verdadeiro. Compreensível, já que o zoo amhitariano bate em antiguidade ao mais velho da Pérfida Albion.]

O primeiro zoológico nacional ostentava o Takhvazz, um touro venenoso de sete chifres em forma de saca-rolha; o Ebok, que subia nas árvores mais altas com apenas uma pata, permanecia lá por 66 anos sem se alimentar e [por alguma razão inexplicável] imitava com perfeição os sons da língua chinesa; o Dorhumil, pássaro de quarenta asas que se alimentava de piche e que trazia boa sorte aos que ouviam seu grasnado; e [talvez o mais estranho de todos] o Zaval, bicho indefinível porque invisível, e invisível porque se escondia muito rápido. Além disso era inaudível e seu odor era de rosas vermelhas, o que o fazia sumir na temporada de floração delas.

O ceticismo [principalmente internacional] se regozijou quando escavações no lugar do estabelecimento revelaram apenas ossos de cachorro. Eles não leram os ensaios dos Sete cientistas, que afirmaram que seus animais possuem a qualidade disfarçar-se de outros bichos, enganando assim os invejosos e os predadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário