quarta-feira, 28 de agosto de 2013

28 de Agosto

Primordiais

A tese [não pouco controvertida] de que o homem primordial é na verdade de origem nossa (o assim chamado “Homo Amhitarius”] tem esbarrado com não poucos problemas e alguns sinais animadores. [Durante muito tempo essa ideia foi considerada apenas um consolo inventado pelos historiadores românticos para um possível atraso do país].

Uma pesquisa conduzida na sétima das dezessete vilas soterradas de Khalach [no vale do rio Lebap] teve relativamente poucos resultados. O último dia de escavações [hoje em 1960] [no entanto] revelou uma [não pouco estranha] descoberta de sete jarros em forma de círculo, três garrafas [de forma surpreendentemente moderna, semelhantes a recipientes de cervejota] e os ossos de um homem e ao lado de um pássaro [de espécie (à primeira vista) indefinível].

Tal revelação teve repercussão desproporcional à sua importância, até mesmo junto ao povo – talvez porque quebrasse a vidinha cinema-namoro-trabalho-aborrecimento que assolava a todos. Não foram poucos os discursos que Agora sim, Amhitar iria voltar a ser grande no Concerto das Nações – o que levava os [poucos] críticos a perguntar quando Amhitar tinha sido importante, e em que alguns velhos ossos iriam mudar isso.

O ceticismo dos arqueólogos anglo-saxões [e certas datações de Carbono 14, que apontam para uma fraude certa [as garrafas semelhantes a cerveja eram de cerveja mesmo] não apagaram a lenda [ou esperança]. Para Amhitar , o Homo Amhitarius  é o primeiro de todos.

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