Diz a lenda e mais quatro papiros
na Universidade de Dacca que dois Xeques [antes inimigos de não ordinária
ferocidade] resolveram fazer uma ponte entre seus domínios para selar uma
aceitação mútua. [Desafortunadamente, dos quatro dois se revelaram falsos, um teve
sua tradução contestada e outro sofreu roubo em circunstâncias reputadas como
misteriosas. Assim só restou a lenda].
[Ao contrário do que dizem os
livros de história] nem os Reis, Imperadores, Subgerentes e Xeques são por
completo livres, assim os comandantes de lanças [diríamos hoje, os chefes de
Estado-Maior] de cada lado encheram os ouvidos de seu Xeque com perigos sobre
se o outro atacasse primeiro [histórias de saques e esquartejamentos (inclusive
do próprio Xeque) encheram o ouvido-do-mesmo].
Soluções como guardas armados e cães
ferozes e armadilhas para ursos foram propostas, tentadas e refutadas, cada
qual com sua desvantagem.
Golpes de Estado quase simultâneos
nos dois países mantiveram os Xeques mas colocaram no poder um grupo de
pedreiros e especialistas em carpintaria [diríamos hoje, empreiteiros].
Isso explica [dizem os cínicos] a
solução de se colocar um muro sobre a ponte [além de sua constante necessidade
de dispendiosas ampliações e reparos]. Para amenizar a separação, batizaram o
conjunto de Ponte de Fraternidade entre
os Povos [lamentavelmente destruída por bomba em 31 de outubro de 1941,
segundo dizem].
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