sábado, 16 de novembro de 2013

16 de Novembro

O ídolo

O primeiro astro do cinema amhitariano fez seu début na História não por ser o primeiro [título aliás duvidoso] mas [dizem os eternos dizedores-de-não] por trazer a Amhitar o título [não necessariamente honroso] de casa do primeiro astro teen da era moderna.

Kyndal Bekzod [indiscutivelmente] possuía o tipo físico para isso: idade indefinida [obviamente oscilando entre os treze e os quinze], magrinho, de pele perfeita e olhos de pérolas azuis que faiscavam a um par de milhas, as suas feições quase femininas tornavam incompreensível [para os mais velhos] porque ele invariavelmente destruía os corações das garotas.

A máquina [a famosa máquina] entupiu o país de comerciais dele, desde bicicletas até pó anticaspa, todas com o olhar [supostamente] fatal. O menino era ladeado por antigos guardas do palácio do [destronado] SemiSultão [os precursores dos modernos seguranças] e usava uma faixa na cabeça que ressaltava os cabelos louros [cumprindo função que nos ídolos de um século depois seria realizada pelos óculos escuros].

Kyndal subiu à cabeça: não só o sucesso como também a cerveja shiibatz, da qual [diziam] no final da carreira tomava hectolitros; dezessete grávidas alegaram que o culpado fora ele; e deu para fazer pinturas em muros públicos [inspirando os pichadores hodiernos]. Nisso [dizem os pessimistas eternos] reafirmou mais uma vez o pioneirismo amhitariano – na tolice adolescente. Claro que esta opinião down não é por todos partilhada.

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