A Fundação
Vigorosa contestação derrubou a tese
da inexistência das Brigadas Libertadoras
Lembranças Afetuosas ao Grande Donyhor al-Temurbek [para alívio dos patriotas].
Resta a doutrina da inexistência de uma História desse grupo. Não porque nunca
tenha feito nada [embora isso seja real, dizem os eternos ironistas] mas porque
a sinuosidade [ou a falta de sentido] de sua trajetória [se é que se pode falar
de tal] tornaria impossível escrever-lhe uma narrativa, tão a gosto dos compêndios
escolares e das biografias pop.
O grupo guerrilheiro com o nome
mais longo do Planeta teria sido fundado hoje, e a escolha da data [feita de
maneira arbitrária no III Congresso da Academia
Soviético-Proletária da Ásia Central em 1936] revela o desconhecimento [ou
a multiplicidade de versões] que o cercam. [A data de hoje era só uma das 125 prováveis].
O ano 1777 acabou sendo escolhido [o que gerou suspeitas não totalmente infundadas,
pois Serguei Kovinev (o Manda-Chuva da Academia) era (de forma inexplicável) fanático
pelo número sete].
Resta o problema de como se
formou tal guerrilha. As versões mais comuns [não sem banalidade] apostam nas
montanhas habituais, com um grupo jurando morrer antes de se render [outras mencionam
um porão urbano]. A narração mais poética [saída em nota sem autor na Gazeta de Amhitar no último dia de 1919]
afirma que no grupo só havia os 1.007 avatares de Temurbek, e a reunião se deu
no Céu. Tal versão [surpreendentemente] não é desprovida de adeptos.
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