Khatlon, a Melancólica não o era – ao menos segundo o subsetor antropológico
da Academia de Ciências de Amhitar que
descobriu seus [surpreendentemente coloridos] resquícios hoje em 1960. Embora a
primeira edição da enciclopédia para crianças Maravilhas da Cultura de Nossa Pátria enfatizasse o aspecto jovial
da cidade da primeira biblioteca do país, revisões posteriores a retratavam poeirenta,
com os habitantes enxugando as lágrimas da monotonia [a tola metáfora é da enciclopédia]
nos [poucos] lenços de algodão marrom. [Tal enciclopédia é festejada (embora
com duvidoso mérito, dizem) a 12 de agosto nestas Efemérides].
Uma visão revisionista [elas
sempre existem] saída em nota sem crédito de autor na terceira página da ressuscitada
Gazeta de Amhitar no primeiro dia de 1991
afirmou que um mal-entendido [ou má-intenção] atribuiu à velha urbe uma
renitente fama de down. Segundo a
nota, a turma que não se interessa por estudo [esta existiu, nos séculos XXI,
XX, XIII, Zero e sempre] quis [de maneira sutil mas nem por isso menos efetiva]
vingar-se de uma cidade cuja diversão eram as páginas emboloradas de volumes
[na verdade os livros de Khatlon eram quase todos rolos de pergaminho, mas You got the idea].
A vingança [embora torpe] funcionou,
e as companhias de turismo [ansiosas em oferecer excursões até para a segunda
maior bola de fio dental do mundo] não oferecem nenhuma para Khatlon, alegando [sem
base científica] que a melancolia é contagiosa.
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