domingo, 10 de novembro de 2013

10 de Novembro

Talvez existentes Bruxos

Não existem sinais de Feiticeiros na história amhitariana e tal fato [de forma não necessariamente paradoxal, segundo seus defensores] constitui a maior prova de que homens de chapéu cônico, livros de magia e caldeirões pululavam desde Shmaerkhant até Khatlon a Melancólica. [Apesar de resmas de declarações da Academia Soviético-Proletária da Ásia Central afirmando que esta ausência comprovava o absurdo de supostas realidades não calcadas na experiência].

Madina Jakhongir [dizem os adeptos] resolve a questão. Era [previsivelmente] um feiticeiro, e a época em que viveu é indefinida [por razões que se verão]. Com suas poções e sua [inevitável] varinha mágica ele destronava reis, acalmava terremotos, refazia amores, jogava furacões sobre os inimigos, controlava o tempo, não só o clima, mas o tempo.

Seu excesso de poderes [paradoxalmente] garantiu a falta de menções ao seu nome [ou ao nome de qualquer feiticeiro] nos registros nacionais. Madina podia voltar atrás no tempo. Assim, após realizar algum feito fantástico [como curar todos os afetados por certa peste] podia voltar ao passado e fazer com que a peste nunca tivesse existido. Do mesmo modo podia ir ao futuro. E por alguma razão pouco explicável [que os adeptos garantem ser modéstia] ele apagou todo papel ou pedra que mencionasse seu nome. Para os adeptos, a ausência de seu nome é prova de sua existência e poder.

Desnecessário lembrar que tal versão longe está de ser unânime.

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