Não existem sinais de Feiticeiros
na história amhitariana e tal fato [de forma não necessariamente paradoxal,
segundo seus defensores] constitui a maior prova de que homens de chapéu cônico,
livros de magia e caldeirões pululavam desde Shmaerkhant até Khatlon a Melancólica.
[Apesar de resmas de declarações da Academia
Soviético-Proletária da Ásia Central afirmando que esta ausência comprovava
o absurdo de supostas realidades não
calcadas na experiência].
Madina Jakhongir [dizem os
adeptos] resolve a questão. Era [previsivelmente] um feiticeiro, e a época em
que viveu é indefinida [por razões que se verão]. Com suas poções e sua [inevitável]
varinha mágica ele destronava reis, acalmava terremotos, refazia amores, jogava
furacões sobre os inimigos, controlava o tempo, não só o clima, mas o tempo.
Seu excesso de poderes [paradoxalmente]
garantiu a falta de menções ao seu nome [ou ao nome de qualquer feiticeiro] nos
registros nacionais. Madina podia voltar atrás no tempo. Assim, após realizar algum
feito fantástico [como curar todos os afetados por certa peste] podia voltar ao
passado e fazer com que a peste nunca tivesse existido. Do mesmo modo podia ir
ao futuro. E por alguma razão pouco explicável [que os adeptos garantem ser modéstia]
ele apagou todo papel ou pedra que mencionasse seu nome. Para os adeptos, a ausência
de seu nome é prova de sua existência e poder.
Desnecessário lembrar que tal
versão longe está de ser unânime.
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