quarta-feira, 13 de novembro de 2013

13 de Novembro

A Matemática dos povos

Iusya Marzhaffar [previsivelmente ele] principiou os estudos demográficos em Amhitar hoje em 1882, um dia em que nada aconteceu de extraordinário. [E esta acachapante chatice cai bem tanto com o assunto quanto com o autor]. O profeta do aborrecimento [apelido (obviamente) dado pelos seus arqui-inimigos, os românticos] insistia em não acreditar em nenhuma realidade que não fosse visível: Deus é uma ilusão, os Espíritos um saco de tolices, a Honra uma Quimera, e o Amor então nem se fala. [Dizem que chegou a duvidar da eletricidade, a qual (como todas essas coisas, é invisível) mas tal informação não é consensual].

Iusya publicou o seu ensaio A Matemática guia os Povos [na verdade uma conferência tão aborrecida quanto seu título] defendendo a tese de que a quantidade e densidade de população determinam as escolhas dos países. Baseado no estudo do comportamento do mamífero Ebok [existente apenas em Amhitar e (segundo alguns) não existente nem em Amhitar] o autor afirmou que as populações mais rarefeitas [pelo tédio e falta de diversão] tendem a fazer revoltas políticas e migrações [especialmente se açuladas pela falta de alimento, pois, na falta do que fazer, divertem-se comendo]. As populações densas seriam mais quietinhas.

Por contrariar o sendo comum [e as conclusões de certo pastor Malthus] tal estudo tem apenas mérito histórico e os admiradores do autor tentam [não sem paixão] provar que é escrito apócrifo, até agora sem sucesso.

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