Iusya Marzhaffar [previsivelmente
ele] principiou os estudos demográficos em Amhitar hoje em 1882, um dia em que
nada aconteceu de extraordinário. [E esta acachapante chatice cai bem tanto com
o assunto quanto com o autor]. O profeta
do aborrecimento [apelido (obviamente) dado pelos seus arqui-inimigos, os
românticos] insistia em não acreditar em nenhuma realidade que não fosse visível:
Deus é uma ilusão, os Espíritos um saco de tolices, a Honra uma Quimera, e o
Amor então nem se fala. [Dizem que chegou a duvidar da eletricidade, a qual (como
todas essas coisas, é invisível) mas tal informação não é consensual].
Iusya publicou o seu ensaio A Matemática guia os Povos [na verdade
uma conferência tão aborrecida quanto seu título] defendendo a tese de que a
quantidade e densidade de população determinam as escolhas dos países. Baseado no
estudo do comportamento do mamífero Ebok
[existente apenas em Amhitar e (segundo alguns) não existente nem em Amhitar] o
autor afirmou que as populações mais rarefeitas [pelo tédio e falta de diversão]
tendem a fazer revoltas políticas e migrações [especialmente se açuladas pela
falta de alimento, pois, na falta do que fazer, divertem-se comendo]. As
populações densas seriam mais quietinhas.
Por contrariar o sendo comum [e
as conclusões de certo pastor Malthus] tal estudo tem apenas mérito histórico e
os admiradores do autor tentam [não sem paixão] provar que é escrito apócrifo,
até agora sem sucesso.
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