Romance comum-lugar
Ninguém é Inocente nessa História Toda – Shahzoda Umarkan [tido por
alguns (mas não por tantos assim) como o maior romancista amhitariano] escreveu
esta frase [não destituída de dramaticidade banal] na primeira página de seu décimo-sétimo
romance [sendo os outros 16 hoje raridades (não necessariamente preciosidades) bibliográficas
e o publicou hoje em 1901].
Um dos [re]fundadores da Academia do Delírio [nestas Efemérides a
17 de outubro] mistérios cercam a vida de Shahzoda [ou ele os criou], a começar
da mudança de seu nome de Utkirbek Shahzoda para o de Shahzoda Umarkan, atribuída
alternadamente a uma tola superstição numerológica ou a uma desavença com o avô.
Mais importante [no entanto] é sua descrença em qualquer literatura, a qual
evoluiu [dizem não poucos] para uma descrença em tudo, até na própria descrença
– sendo o significado de tal coisa ainda hoje objeto de monografias.
Ninguém é Inocente nessa História Toda sugere desde um drama
policial [com as tolices típicas do mesmo] à
la Agatha Christie ou Khannat Nurayan [celebrado a 17 de setembro] mas não
o é. Nem um drama existencialista indutor de depressões. Sua história da luta [afinal
bem-sucedida] de um viúvo para sustentar os filhos [pelo contrário] não se
afasta demasiado do lugar-comum.
Dizem os fãs que a aparente incongruência
entre os bons personagens e o título soturno revela que a maldade existe, mesmo
na bondade. Os [inevitáveis] opositores dizem que foi erro do autor, mesmo.
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