- Meu objetivo de vida é atingir a imortalidade. Não pelo meu governo
ou pelas minhas obras, mas não morrendo mesmo.
O Almirante Zafar [presidente da
República Provisória] pronunciou essas palavras sem nenhum tom de blague no discurso
de oitavo dia no poder [papel datilografado na mão e bigode encerado] hoje em
1917 no Palácio da Pátria [ainda perfurado de 387 buracos de bala segundo
algumas contagens]. Seus assessores não riram – enfiados até as unhas no golpe
que levaria seu futuro ex-chefe ao paredão vinte e duas horas e três minutos depois.
Historiadores Kazaks [compreensivelmente odiados pela
corrente nacionalista] atribuem a Amhitar o recorde mundial [e altamente
contestável] de 53 governos em 1917 e 1918. Nesta multiplicação de oportunidades
os diversos tipos da fauna humana ascenderam ao poder supremo – entre eles o vendedor
de peixe Alexis [levado por um Golpe de sargentos], que se promoveu a Almirante
no segundo dia [pois gostava do mar, apesar do país não o ter] e se
caracterizou pela honestidade de suas palavras em seu curtíssimo período. O
qual terminou em um paredão esburacado do Palácio.
[Dizem] que tudo era farsesco: sabendo
que seria deposto como o tinham sido 19 antes, organizou sua autodeposição, o
seu fuzilamento fake e viveu a vida tranquilo
como fabricante de estopas em Bangkok [como não há registros de sua morte, não
são poucos os que creem que atingiu seu grande objetivo].
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