quarta-feira, 3 de julho de 2013

03 de julho

O estranhíssimo fuzilamento de Alexi Zafar

- Meu objetivo de vida é atingir a imortalidade. Não pelo meu governo ou pelas minhas obras, mas não morrendo mesmo.

O Almirante Zafar [presidente da República Provisória] pronunciou essas palavras sem nenhum tom de blague no discurso de oitavo dia no poder [papel datilografado na mão e bigode encerado] hoje em 1917 no Palácio da Pátria [ainda perfurado de 387 buracos de bala segundo algumas contagens]. Seus assessores não riram – enfiados até as unhas no golpe que levaria seu futuro ex-chefe ao paredão vinte e duas horas e três minutos depois.

Historiadores Kazaks [compreensivelmente odiados pela corrente nacionalista] atribuem a Amhitar o recorde mundial [e altamente contestável] de 53 governos em 1917 e 1918. Nesta multiplicação de oportunidades os diversos tipos da fauna humana ascenderam ao poder supremo – entre eles o vendedor de peixe Alexis [levado por um Golpe de sargentos], que se promoveu a Almirante no segundo dia [pois gostava do mar, apesar do país não o ter] e se caracterizou pela honestidade de suas palavras em seu curtíssimo período. O qual terminou em um paredão esburacado do Palácio.

[Dizem] que tudo era farsesco: sabendo que seria deposto como o tinham sido 19 antes, organizou sua autodeposição, o seu fuzilamento fake e viveu a vida tranquilo como fabricante de estopas em Bangkok [como não há registros de sua morte, não são poucos os que creem que atingiu seu grande objetivo].

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