As piscinas em Amhitar escapam da
[inevitável] banalidade de suas congêneres não-amhitarianas [meros receptáculos
de água, substâncias verdes e lembranças de crianças, e palco para profissionais do nado com mais
suplementos que sangue nas veias]. Certo Sub-Xeque [do qual a história oscila
entre os nomes Zoda Azam e Raxmonov Spiro – com possiblidades maiores para o
primeiro] decidido a ensinar a seu povo as virtudes do banho e do exercício [pouco
populares em 1037 dos hereges (428 da Hégira)] decretou a escavação de um
buraco de exatas 499,97 braças de comprimento [nunca tendo sido determinadas as
razões de tal precisão ou capricho] e seu preenchimento com água do rio
Amur-Daria.
Debelados os temores de que tal
transladação terminaria por secar o rio [coisa que quase aconteceu, segundo um
estudo de história ecológica de 1999 da Universidade de Delhi] o pressuroso
quase-rei [os súditos a multidonear à volta] mergulhou uma vez – voltou à tona e
levou cascata de aplausos [ninguém ali sabia nadar]. A expectativa [por alguma
razão inexplicável] dizia respeito ao terceiro mergulho – mas logo no segundo a
autoridade pareceu gostar do subaquático - e levou tempo excessivo.
Os súditos o puxaram do fundo de
sua obra e o cremaram, atirando suas cinzas [ironicamente] no rio que ele quase
esvaziara. Três sub-seitas atualmente ainda realizam um banho periódico ritual na
data de hoje – para evitar ser tolo como
aquele que foi engolido por sua tola obra.
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