A tese [não pouco contestada] da inexistência
de Amhitar foi arguida 3 vezes [dizem]. A terceira [e mais perigosa] se deu
quando a barbicha e o pince-nez de Leon Trotsky intentaram a incorporação do país
à sua Revolução Proletária Mundial Redentora.
Malgrado a sua insidiosidade, a tese
do barbicha se trata [na verdade] de um requentamento das ideias contidas em
dois de cinco rolos de pergaminho rigorosamente guardados em potes de barro e descobertos
na demolição de um lupanar para a construção da Fábrica de Arados Proletários
e Camponeses em União na província
de Jizzack em 3 de maio de 1929. Segundo tais pergaminhos [vertidos no protodialeto
Bakhmar], Amhitar não se trata [como os outros] de um lugar físico, com fronteiras,
rios e soldados, mas de um estado de espírito. Quando pressionado por essa
mistura de monotonia e tensão que se chama [por algum motivo] de mundo real, cada homem [e todos eles] têm
seu lugar-de-refúgio, seu Amhitar próprio [seja ele a bebida, as moças de
aluguel ou Amhitar mesmo].
O fato de os outros três jarros
conterem descrições de posições eróticas tem sido alegado desde sempre pelos
adversários como argumento contra sóbrias teses. A atual Academia [Pós-Moderna] do Passado Inexistente [fundada em 1989] afirma
[de maneira previsivel] que as sensualidades formam a melhor prova que tais
pergaminhos são autênticos, pois [segundo eles] só a indecência nos salvará [ele mesmos se perguntam de quê].
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