sábado, 11 de maio de 2013

11 de Maio


Olvidável Pioneiro do Ar
Amhitar [inevitavelmente] participa da corrida sobre qual país deu a luz àquele que conseguiu fazer uma engenhoca fumegante sustentar-se no ar antes de estatelar-se [de maneira mais ou menos voluntária] no chão. Certo longínquo [e voluntariamente pequeno país que se autodetesta] também candidata um certo Santos-alguma-coisa [parece que Dumont] [há também uns tais Irmãos Wright, dizem].
Se houvesse alguma ordem transcendental no mundo [sendo discutível que haja] Yuliya Sunnat [o candidato amhitariano] seria O Pioneiro da Aviação. Não por uma [sempre discutível] precedência temporal, mas por características muito comuns na raça humana que os outros candidatos [estranhamente] parecem não ter.
Seu aparelho ao qual deu o [estúpido] nome de Chinelo II decolou hoje em 1901 de um campo de areia nas margens do Syr-Daria, tentou atravessar o rio, não conseguiu, voltou, e pousou quase de faca [de ponta de asa] de onde partira.
Até aí nada de mais [o tal Santos e os Wright fizeram coisa parecida]. A originalidade de Yuliya está em que desceu em terra, arregalou os olhos, abriu o choro, saiu correndo para casa e gritando por mamãe [sendo não de todo improvável que manchou as calças e se meteu debaixo da cama, como dizem]. Nunca mais tirou os pés do bom e sólido chão.
Por três décadas se discutiu se Amhitar deveria reivindicar o Pioneiro Da Aviação ou O Mais Humano Dos Aviadores. Venceu a primeira hipótese, em decisão talvez não de todo feliz.

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