Sherzod Gulnora [inadvertidamente]
pronunciou uma das duas banalidades que começaram a literatura de autoajuda em Amhitar
no dia 27 de maio de 1699 dos hereges [27 de Dhu'l-Qa'dah da Hégira] quando
chegou a Murgab-Satlyk. A cidade [em si] apresentava pouco interesse [dois
testemunhos independentes a descreviam como a
mais feia das cidades de Amhitar (talvez
do mundo) nos dias de hoje (talvez em todos os tempos)].
Não o destino mas a viagem, ou não
ela e sim suas dificuldades. As fofocas [sempre elas] diziam que o primeiro caminho é coalhado de assassinos turkhmans;
furacões destruidores acossam o segundo; no terceiro os degoladores de punhais
de prata fazem seu paraíso, etc. etc. [até mesmo um improvável fantasma de Genghis Khan guardaria uma
das rotas.] Tendo deixado o medo para trás [ou seguido em frente apesar de levá-lo
a tiracolo] o jovem Sherzod pronunciou uma de suas tolas frases:
o importante não é o destino e sim o caminho
e não são poucos os autores que têm
faturado atribuindo a essas palavras algo mais que um comentário concreto sobre
como chegar a uma cidade hoje debaixo de 6 metros de pó.
A segunda das frases ocorreu
quando [já velho e feliz] Sherzod soube que a cidade a que chegara não era Murgab-Satlyk
mas outra. Sem esvanecer o sorriso falou
É possível perder uma oportunidade e ainda assim tudo terminar bem
e tal foi o título de um best-seller amhitariano por 27 meses
seguidos.
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