O geógrafo ateu materialista soviético
Serguei Kovinev [previsivelmente] explicou o início da dança em Amhitar como um
roteiro no qual não faltaram o Representante da Classe Exploradora [o Xamã],
aqueles que se faziam de Proletariado da época [os plantadores que foram pegos
colhendo lenha escondido na propriedade do Xamã] e a Boçalidade e o Arbítrio
dos Dominantes [exemplificado pelas brasas].
Seis décadas depois Gulshanoy Sabina
[a mistura de um nome masculino e feminino (como tudo em Gulshanoy) era uma
provocação] surpreendentemente considerou correto o roteiro, apenas tomando-a
pelo sinal trocado. A história canônica afirma que em tempos imemoriais [que
Gulshanoy sem citar fontes fixa em 29 de maio de 1.437 A.C.] certo chefete
local [o Xamã] puniu os camponeses jogando brasas aos pés deles enquanto um pífaro
tocava uma ridícula música de encantamento de serpentes.
Gulshanoy [pós-moderno em tempos
pós] nada considerou estranho no episódio – o tal Xamã gostava de brasas [e
andava ele mesmo sobre elas]. Além disso a história representaria uma metáfora
da vida amhitariana e porque não da vida toda. E também explicaria porque em Amhitar
[segundo o pensador] todos praticavam
ridiculamente a dança – aliás a mais ridícula das artes.
Uma visão um pouco alternativa
[partida mais dos seus críticos] afirma que Gulshanoy cedeu à vingança e à
fantasia – vaiava os dançarinos porque, no fundo, não sabia dançar.
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