sábado, 30 de março de 2013

30 de Março

Guerreiras


[Quase] todos os historiadores, poetas [e mais recentemente os biógrafos Pop] coincidem em que a Idade Média em Amhitar arrastou-se [a expressão é do materialista Iusya Marzhaffar] desde 1233 [quando ascendeu ao poder (enforcando os seus nove tios) o segundo dos Sete SubCalifas (tendo o primeiro sido considerado cruel  e defenestrado da História)] até o ano 1715 [quando a princesa Ruthinna teve a sétima cópula com o ex-revoltoso Sherzod Mlavaz, habilitando-o a ascender ao trono]. [Tais testes de habilidade masculina (então requeridos) são objeto de vergonha e orgulho para os amhitarianos, conforme sejam tradicionais ou hiperavançados].

Como todas, a Idade Média de Amhitar multiplicou os pedaços de terra de senhoretes, impostos para camponeses e sua ausência para suseranos, guerras entre feudos, duelos à espada, clérigos ociosos a ameaçar com o Inferno e violações de donzelas [tendo uma delas tomado a armadura e a lança e espetado para o Reino de Alá não poucas centenas (dizem) de inimigos kazaks, numa emulação de uma certa Joana D´Arc (acusação negada pelos patriotas, que afirmam que a imitadora é a francesa)].

A existência de uma tribo de guerreiras [depois relatada por Sayyd Maruf Umarkhan, relembrado a 2 de janeiro] distingue essa época em Amhitar. Os homens se submetiam, bovinos e temerosos, a elas, o que [é claro] não ocorria nas Europas. Por ser contrária ao orgulho macho, essa particularidade do país não é muito celebrada.

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