terça-feira, 3 de setembro de 2013

03 de Setembro

A Ponte

E Nikita Sergueievitch Kruschev pisou o chão amhitariano! O Manda-Chuva da União Soviética veio [neste 3 de setembro de 1964] inaugurar a ponte sobre o rio Amur-Daria, orgulho da engenharia bolchevique e motivo de medo para o comissariado do Partido [medo de que o poderoso descobrisse que a ponte estava sendo inaugurada pela sétima vez].

Trouxe consigo sua lendária cabeça de ovo [careca à prova de fios de cabelo] sua pança também em forma de ovo [à custa de banquetes de pastelão da Ucrânia], dezenove caixas de vodca da bacia do Donetsk e dois turboélices Tupolev da companhia estatal Aeroflot ensardinhados de puxa-sacos [alguns não muito confiáveis, como a história tristemente ensinaria].

[Ninguém lhe disse – e nem ele perguntou – que um tal de Alexandre o Grande (dizem) inaugurou de primeiro aquela ponte – e que a atual não estava concluída – os dois últimos setores se seguravam só pela armação de madeira].

Ergueu 289 brindes à Revolução Proletária, disse que o falecido Kennedy era um chato com uma esposinha muito gostosinha, informou que Deus não existe e se foi pouco antes de cair em coma alcóolico [dizem seus inimigos, o que torna esta informação de confiabilidade duvidosa].

Um mês depois os tais inimigos o acusaram de incompetência e lhe deram férias forçadas [e sem prazo] em casa, com sérios conselhos para não tentar sair dela.

Por essa, Amhitar ganhou fama [talvez injusta] de ser terra azarada.

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