De Paris retornei não uma mas nove vezes: na primeira veio meu corpo;
as seguintes foram tentativas de fazer retornar minha alma – escreveu Dilafruz
Michelet no seu [múltiplas vezes renegado] opúsculo Porque Amhitar é veramente o mais Desajeitado de Todos os Países,
na verdade uma longa entrevista com extremos de fake porque conduzida de si para si mesmo.
[Os (não poucos) fãs do maior
historiador de Amhitar (segundo eles) enfatizam que a extrema modéstia do seu
herói o impedia de aderir a qualquer tipo de infinitude por isso limitou a
singelas oito as tentativas de esquecer a Ville
Lumière, da qual retornou em dia convenientemente de nuvens pesadas, hoje
em 1867].
Admirador da França, leitor da
França, falador de francês e até bebedor dos [raros] vinhos que apareciam no mercado de Shmeekhant [apesar
de detestar álcool], Dilafruz cometeu seu grande erro quando viajou à terra
amada. Na volta o seu Amhitar natal lhe pareceu baixo, as pessoas tolas, os prédios
carentes de graça, até os queijos muito limpos, sem o circo de vermes que fazia os Camembert e Brie verdadeiramente franceses. Escreveu então [em
poucas horas de saudade parisiense] o opúsculo, no qual se confessava um francês
exilado.
A obra tornou-se única: a admiração
dos seus fãs não os impediu de dar um fim aos 399 exemplares impressos, no que
foram bem-sucedidos em 398, restando um como testemunho de um momento de
fraqueza pouco patriótica do mestre.
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