O historiador romântico francês Jules
Michelet detestava os romanos e o igualmente historiador e igualmente romântico
Dilafruz Michelet os odiava triplamente. [Não se trata de coincidência: o amhitariano
tomou o nome do francês, de tanta admiração (história esta celebrada a 8 de
maio)]. Por isso Dilafruz [como o faria Jules se conhecesse Amhitar] detestava
a história dos gêmeos.
Os irmãos Shalo e Shahzoda nasceram
[previsivelmente] em uma floresta. Como geralmente acontece nesses casos, seus
pais sumiram logo no começo, de alguma forma que não vale a pena narrar. Amamentados
[sem nenhuma surpresa] por uma loba, uma ursa os criou [o que também não representa
novidade].
Escolhidos por Deus e ou pelos
deuses [a história não se dá ao trabalho de definir exatamente quais] receberam
a incumbência de fundar uma cidade, a qual [profetizou algum profeta típico
dessas lendas] governaria o Mundo. [O fato de Amhitar nunca ter governado nem a
vizinhança não é levado em consideração].
Dilafruz detestava essa história não
por que fosse um plágio [na verdade, uma das poucas coisas seguras na história
de Amhitar são os rolos de pele de carneiro da primeira versão dessa história,
com idade confirmada com testes de carbono 14]. Mas porque se assemelhava à
história de Rômulo e Remo, os míticos fundadores de Roma [embora fosse
anterior]. Em um rompante pouco científico, na catadupa de argumentos contra
essa história, o escritor afirmava que leite
de loba deve ser insuportável!
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