terça-feira, 8 de outubro de 2013

8 de Outubro

Gêmeos

O historiador romântico francês Jules Michelet detestava os romanos e o igualmente historiador e igualmente romântico Dilafruz Michelet os odiava triplamente. [Não se trata de coincidência: o amhitariano tomou o nome do francês, de tanta admiração (história esta celebrada a 8 de maio)]. Por isso Dilafruz [como o faria Jules se conhecesse Amhitar] detestava a história dos gêmeos.

Os irmãos Shalo e Shahzoda nasceram [previsivelmente] em uma floresta. Como geralmente acontece nesses casos, seus pais sumiram logo no começo, de alguma forma que não vale a pena narrar. Amamentados [sem nenhuma surpresa] por uma loba, uma ursa os criou [o que também não representa novidade].

Escolhidos por Deus e ou pelos deuses [a história não se dá ao trabalho de definir exatamente quais] receberam a incumbência de fundar uma cidade, a qual [profetizou algum profeta típico dessas lendas] governaria o Mundo. [O fato de Amhitar nunca ter governado nem a vizinhança  não é levado em consideração].

Dilafruz detestava essa história não por que fosse um plágio [na verdade, uma das poucas coisas seguras na história de Amhitar são os rolos de pele de carneiro da primeira versão dessa história, com idade confirmada com testes de carbono 14]. Mas porque se assemelhava à história de Rômulo e Remo, os míticos fundadores de Roma [embora fosse anterior]. Em um rompante pouco científico, na catadupa de argumentos contra essa história, o escritor afirmava que leite de loba deve ser insuportável!

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